A memória brasileira


Por Danilo Nunes


Você se lembra em quem votou? A pergunta parece absurda, mas não é. Pesquisa realizada entre os dias 3 e 7 de novembro, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresenta dados realmente preocupantes.


Segundo o estudo, 23% dos entrevistados não se recordam do nome do seu candidato a deputado estadual, 21,7% esqueceram para quem votaram para deputado federal e 20,6% não souberam dizer quem escolheram para o senado! E não estou falado das eleições de 2006, mas deste ano! O período eleitoral tinha se encerrado há um mês, até então.


O que mais impressiona é que o universo de eleitores entrevistados variavam entre as idades e o grau de escolaridade. Responderam à pesquisa pessoas entre 16 e 70 anos, que possuíam desde a 4ª série do ensino fundamental até o nível superior completo. A enquete foi realizada com dois mil eleitores de 136 municípios de todas as regiões brasileiras.


Esquecer do candidato em quem votou, eleito ou não, mostra a falta de compromisso com as decisões políticas do país. Talvez seja reflexo daquele pensamento de que "política não se discute". Balela!!! Todos somos seres políticos, fazemos isso o tempo todo! O que é opcional é a posição partidária ideológica.


Não podemos deixar baixar a guarda. Quem não lembra, não cobra. E quem não é cobrado, faz o que quer, ainda mais com o dinheiro do povo! E não é apenas pela corrupção que devemos vigiar, mas para o cumprimento das promessas de campanha, para que mantenha a coerência com o discurso eleitoral, entre outras coisas. Fique de olho, exerça a sua cidadania. É seu direito. É seu dever.


Com informações de: oglobo.com.br


Foto: sbt.com.br

Nas compras de Natal, muita atenção!



Por Kelly Matias


Em meio a correria das compras de final de ano, muita gente se empolga e acaba cometendo erros que podem comprometer a sua segurança e a acabar com a sua festa sem ela ao menos ter começado.


Segundo a Polícia Militar de São Paulo, pequenos detalhes podem evitar que você seja vítima de roubos e furtos, especialmente nas proximidades dos shoppings e grandes centros comerciais.


Confira aqui algumas dica segurança para efetuar as suas compras:


•Evite fazer compras sozinho;
•Procure não utilizar jóias e roupas que chamem a atenção;
•Faça suas compras em dias e horários de menor movimento;
•Para não chamar atenção, evite carregar muitos pacotes ou sacolas;
•Leve consigo somente cartões e cheques necessários;
•Leve consigo pequenas quantias em dinheiro, procure utilizar a opção de débito;
•Nunca deixe bolsa, carteira descuidados, eles devem ser transportadas junto e a frente do corpo, para o lado de dentro da calçada;
•Evite retirar sua carteira em público, principalmente em bares, lojas, locais de grande movimento;
•Desconfie de empurrões ou esbarrões;
•Avise imediatamente a perda, o roubo ou o extravio de cartões ou talões bancários;
•Se presenciar alguma situação suspeita no estacionamento, chame a segurança do shopping e, se surpreender alguém mexendo no seu carro, procure ajuda sem ser notado.


Falta de sorte ou de cuidado?


Adriana Aparecida Correia, de Franca, 28 anos, veio fazer compras na 25 de Março em dezembro de 2009 quando teve sua carteira furtada.


“Estava no meio da multidão com minha mochila nas costas e várias sacolas na mão. Depois de 5 minutos de caminhada, ao entrar em outra loja e chegar no caixa para pagar a compra, percebi que minha carteira que já estava na parte da frente da mochila.“


Adriana conta que na hora que procurou a carteira e não encontrou, não acreditava no tinha acontecido, por ter sido muito rápido, mas que depois de revirar a mochila inteira e não encontrar o pertence se arrependeu de ter deixado todo o dinheiro junto em um só lugar.


Ai já era tarde. Ela já não tinha dinheiro pra mais nada e nem seus documentos pessoais.


Imagem: Janaína Calaça em www.jeguiando.com

Esporte na gravidez


Por Diana Nunes

Após a confirmação da gravidez muitas mulheres ficam com dúvidas sobre quais atividades poderão exercer durante o período da gestação, como continuar ou começar a praticar esportes. Essa preocupação acontece entre as futuras mães, tanto por questões estéticas, quanto pela sensação de bem estar durante a gravidez e consequentemente o bom desenvolvimento do bebê. É certo que você já ouviu expressões de especialistas como “Praticar esportes faz bem à saúde” e “Gravidez não é doença”, mas a união desses dois temas deve ser feita com alguns cuidados.

A professora de educação física Mariana Beolchi alerta sobre as precauções dobradas nos três primeiros meses. “É importante que as grávidas façam exercícios mais moderados nessa fase, modalidades que causam muitos impactos ou que exijam o levantamento de muito peso devem ser descartadas, pois este período é muito delicado, o feto pode não resistir a movimentos tão fortes”.

Já a ginecologista e obstetra Susi Torres Oliveira ressalta a importância de consultar o médico para saber quais são as possibilidades de cada mulher para praticar exercícios “Principalmente aquelas que são sedentárias devem ser mais cautelosas ao iniciarem a atividade física na gestação. É importante o acompanhamento médico para que o bebê e a mãe não tenham nenhum problema”. Mas a ginecologista ressalta também sobre os benefícios que o esporte pode trazer “Exercícios trazem a sensação de bem estar, ajudam a controlar o sobrepeso, a circulação e a respiração, o que é muito importante na hora do parto. Mulheres que já tem ou desenvolvem problemas de saúde como hipertensão e diabetes ganham muito fazendo algum esporte”.

Grávida de dez semanas, a supervisora de serviços Natália Fernandes observa como a atividade física está sendo positiva em seu dia a dia “Já praticava pilates duas vezes por semana e continuei depois de ter descoberto a gravidez. É muito interessante como nos dias que faço, sinto menos sono e cansaço, que são terríveis nessa fase. Fico preocupada também com os quilos a mais que vou ganhar e realmente acho que os exercícios irão me ajudar a controlá-los”.


Pilates e ioga
São muito indicados, principalmente por adaptar os movimentos e deixá-los mais suaves. Ajudam muito na respiração e na postura da gestante, que sofre com o ganho de peso.

Corrida
É bom substituir pela caminhada, pois possui muito impacto e pode causar problemas ao bebê.

Pedalar
Não é muito indicado, exige muita força e causa muito impacto. Caso a mulher deseje praticar essa modalidade deve diminuir o ritmo.

Hidroginástica
O mais indicado e procurado, os movimentos na água são mais leves, não têm quase impacto e são relaxantes para os músculos.

Dança de salão
Uma das melhores opções, pois ajuda a circulação e respiração trazendo bem estar. Acrobacias muito elaboradas devem ser descartadas.

Musculação
Indicado, mas obrigatoriamente a mulher deve diminuir a carga de peso durante toda a gestação. Com exercícios pesados, o bebê pode sofrer uma perda de peso e nascer menor.

Jogos
Devem ser substituídos, pois normalmente exigem muita força e o contato brusco com outras pessoas podem ser perigosos.

Até quando o preconceito vai imperar?


Por Giselle Olmedo

Nos últimos meses temos vivido um período em que manifestações preconceituosas têm feito com que a sociedade reagisse por meio de protestos.Xenofobia, homofobia, incitações à pedofilia, entre outros ataques faz com que repensemos se ainda existe o primordial: o respeito ao ser humano.

Na última quinta-feira, 24, homossexuais e simpatizantes do movimento GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transexuais) realizaram manifesto repudiando a posição da Universidade Presbiteriana Mackenzie em relação à criminalização da homofobia. Augustus Nicodemus Gomes Lopes, chanceler da Igreja Presbiteriana, que administra a universidade, declarou em carta aberta ser contra a aprovação do PL. A passeata começou em frente ao “Mack”, passando pela Rua da Consolação e tomando a Avenida Paulista. Os manifestantes encerraram o evento em frente ao número 777 da via, local onde, recentemente, foi agredido um jovem homossexual por um grupo de garotos.

Antes de mais nada, é bom lembrar que o Mackenzie sempre foi conservador ao extremo. Lá em meados de 1968, período ditatorial no Brasil, existiu um conflito armado entre duas faculdades: Mack e USP. A galera da USP, agitadora desde aquela época, era contra o domínio das forças armadas no governo e lutava pela democracia. Já o pessoal do Mack garantia que o melhor mesmo era continuar com as censuras, com os conflitos, com a repressão e toda a liberdade de expressão em prol do governo. Esta foi a famosa “batalha da Maria Antônia”, no centro de SP, devido às divergências de opinião.

Bem, o posicionamento opressor voltou a tona. Vanessa Rodrigues, 24 anos, auxiliar de escritório, esteve presente na manifestação e é aluna do Mackenzie. A estudante afirma que compareceu para somar àqueles que lutavam pelos mesmos direitos que ela. ”Esta é uma forma de conscientizar as pessoas que não é correto incitar a violência contra nós, como fez o chanceler divulgando esta carta”. A manifestação foi integralmente pacífica, justamente para mostrar à reitoria que é possível respeitar a realidade sexual do indivíduo sem agredir ninguém. Vanessa espera que a passeata surta efeito. “É uma forma de dizer que existimos e queremos lutar por nossos direitos”, afirma.

Moacir Andrade, 35, analista de sistemas, diz que participou do manifesto como forma humanística. O programador diz que não é homossexual, porém possui familiares que sofrem preconceito por terem se assumido. “Os jovens agredidos na Avenida Paulista e no Arpoador (Rio de Janeiro) mostram a sociedade preconceituosa em que vivemos. O dia a dia é cruel. Este protesto mostra que essa gente tem voz, que não admite esse tipo de tratamento e que a igualdade de credo, cor, raça ou orientação tem que valer. Não somos todos iguais perante a lei?”, indaga Moacir, que tem um irmão gay e uma prima lésbica.

Enfim, dar a voz às minorias tem sido importante nos últimos tempos, visto o tamanho preconceito que tem se alastrado. Engraçado como o Brasil, um país multirracial, ainda consegue ter atitudes que enojam àqueles que têm bom senso.

Viva a diversidade!

Imagens: Marina Morena Costa

A Era dos Smartphones

Por Aline Moura

Nos últimos anos o mercado de telefonia móvel no Brasil demonstra alta crescente e esta tendência, é reflexo de um movimento que reforça a economia da América Latina, atualmente o 2° maior mercado de telefonia celular do mundo, de acordo com a consultoria Wireless Intelligence.

Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), são 191 milhões de aparelhos com linhas habilitadas, aproximadamente uma linha por habitante do país. O técnico de informática Raphael Alves da Silva, 21 anos, conta como foi à escolha do novo celular: “Meu aparelho já estava ultrapassado com as novas tecnologias e não atendia bem ao que eu necessitava, então resolvi escolher outro modelo”, diz.

Dentre as principais novidades nos aparelhos estão o acesso à internet, as redes sociais como Facebook e Twitter, tecnologias como Bluetooth para a transferência de arquivos e até acesso canais de TV digital. Mas essa diversão tem um custo. Um aparelho normal custa entre R$ 100,00 e R$ 400,00. Já um aparelho 3G pode custar até R$ 1.500, essa variação depende do aparelho, da marca e das funções do produto.

É um mercado investe em novas tecnologias. Thais A. do Nascimento, 20 anos, também foi atraída pelas novidades: “Fiz buscas na internet para saber mais sobre o aparelho e o que influenciou a compra foram as redes sociais, através disso busquei experiências de quem já tinha o produto, para saber se era bom ou ruim”, aponta a estudante de marketing.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil tem o 4º serviço de telefonia móvel mais caro do mundo, perde apenas para Japão, Itália e França. Thais considera o preço um obstáculo para o consumidor: “Costumo gastar por mês em torno de R$60,00, mas não navego na internet por que o preço não é acessível e a navegação ainda é muito limitada”, aponta a estudante.

Segundo um estudo da União Internacional de Telecomunicações (UIT), os gastos do brasileiro com o celular representam cerca de 5% da renda mensal, em comparação ao Japão, país com o pacote de ligações mais caro, interfere cerca de 1% da renda dos habitantes. No Brasil, estes pacotes incluem acesso à internet, minutos em ligações e uso de SMS. Raphael descreve como planeja os gastos com o celular: “Meu Gasto médio é de R$50,00 incluindo internet e SMS. Sempre uso da melhor forma e procuro não abusar. Faço uma recarga já prevista no meu orçamento”, diz o técnico de informática.

Ainda segundo a Anatel, mais de 12 milhões de brasileiros já possuem um smartphone, ou seja, mais de 6% do total de aparelhos ativos no país. Mas o uso de aplicativos e o acesso à banda larga (diferencial destes aparelhos), associado ao custo dificulta a popularização dos modelos e ainda é uma realidade de poucos.

Bem vindo a festa do divórcio!


Por Aline Moura


Tudo começa com o namoro, são anos de relacionamento até que o casal decide que é hora de dar um passo importante na vida, juntar as “escovas de dentes” e compartilhar as experiências de modo integral, é o casamento. Considerado o ápice da vida adulta, mas será que continua viva aquela história do “felizes para sempre”?

Depois da mulher que casou consigo mesma em Taiwan, a nova tendência dos relacionamentos modernos é procurar um buffet, convidar familiares e amigos para o casal realizar a festa do divórcio. É como se fosse um ritual para os noivos retornarem a vida de solteirice. E aquele momento triste marcado por desentendimentos, é coisa do passado e superado na balada.
Em entrevista ao Portal UOL, a assessora de imprensa Meg Sousa conta a experiência:: “No início, meus amigos reagiram com muito espanto, não acreditavam. Depois, acharam a ideia o máximo. Nunca haviam visto uma festa com este tema e muito menos haviam participado de uma. Foi muito boa, tanto que neste ano realizei a segunda edição do evento”, diz.


As atrações

Também conhecida como “Bodas Rasgadas”, essa tendência já é febre nos Estados Unidos, de acordo com o portal existem empresas especializadas nesse tipo de evento, que agora chegou aqui para cair no gosto do brasileiro. A festa acompanha convites, decoração especial, bolos de casamento com enfeites personalizados e até jogo de dardos com a foto do ex companheiro. É um prato cheio para quem decide levar esse momento de um jeito diferente. E o mercado encontra nessa oportunidade, um nincho de atuação para desenvolver produtos específicos para esse tipo de evento.

A hora do divórcio


Divorciado há pouco mais de um ano, o mecânico Fabiano de Holanda, não aprova muito a ideia da festa do divórcio mas indica: “todo mundo pensa em casar um dia, pensa em ser feliz, mas se não dá certo, você não pode insistir em algo que não vá te fazer feliz, você tem que procurar algo melhor”, conta o rapaz.

O levantamento de dados do IBGE sobre casamentos e divórcios no Brasil aponta que em 1999 eram aproximadamente 25% de divorciados sem filhos, e em 2009, o número subiu para cerca de 37%. Fabiano atribui o rápido fim dos relacionamentos a questão da fidelidade: “Hoje em dia é muito difícil encontrar fidelidade, seja no homem ou na mulher, é difícil deitar no travesseiro tranquilo, fechar os olhos e confiar”, afirma o mecânico.

Comer, rezar e amar?

O filme lançado em setembro nos cinemas brasileiros, relata a história de Liz Gilbert (Julia Roberts) uma mulher moderna que sempre teve tudo o que desejou. Mas, após se divorciar, decide arriscar a vida estável e partir em busca de novas experiências. Em outros países conhece novos sabores com a gastronomia italiana, o poder da oração na Índia e um novo amor em Bali. Liz parte em busca de sua essência, será que é esta essência pela qual homens e mulheres estão a procura? O encontro do equilílibrio e da paz interior?

O tempo está voando? Então corra...



por Aline Cardoso





A 12ª corrida e camihada no Clube Campestre Jaraguá atrai muitos atletas

No último Domingo, dia 21 aconteceu a 12ª corrida e caminhada no Clube Campestre Jaraguá, evento destinado a sócios e convidados. A largada foi dada às 9 horas, com as opções de corrida de 5 ou 10 Km e caminhada de 5 Km. A prova reuniu 300 pessoas, pois as incrições era limitada (200 na corrida e 100 na caminhada), e o preço da inscrição para a prova era de 45 reais.



O lugar onde aconteceu a corrida é muito valorizado pelo visual verde e grande contato com a natureza - vegetação, lagos e animais. O ar puro e a tranquilidade despertou a vontade de finalizar a prova. O percurso era desafiador por ser um trajeto técnico e diferenciado, pois reúne ladeiras, pisos variados (asfalto, paralelepípedo e terra).
O atleta Lourival de Brito afirma que a trilha do Clube jaraguá é fantástico, e completa " esse lugar é bem favorável ao bem estar dos atletas. Sou suspeito a falar sobre essa prova, pois participo dela há 7 anos, e sempre é assim "Uma maravilha" completa o maratonista.
Após a corrida foi servido um café da manhã farto, com frutas variadas, como: pêssego, melância, uva, banana, maça, pêra, havia também pães doces, biscoitos, sucos e água.
Em primeiro lugar na classificação feminino ficou com a Daniela Barcelos de Sousa, no tempo de 44 minutos e 12 segundos. E na categoria masculino o primeiro lugar ficou com Cesar Augusto Martins, que finalizou os 10 quilômetros em 34 minutos e 47 segundos.
Os três primeiros colocados receberam troféus nas categorias sócios e convidados, e todos os atletas que concluiram a prova receberam medalha e camiseta do evento.
O atleta vencedor da prova afirma: " Sempre participo desse evento aqui no Jaraguá, para mim é uma das melhores corridas de São Paulo. E esse ano conquistei o primeiro lugar, valeu a pena o esforço" completa Cesar Augusto emocionado.



Para conferir o resultado dessa prova acesse:
http://www.runnerbrasil.com.br/calendario.asp?ID=4&IDevento=2897&IDAno=2010





CALENDÁRIO PARA AS PRÓXIMAS CORRIDAS:

28/11/2010 Trac&Field - Shopping Villa Lobos São Paulo (SP)
28/11/2010 Série Delta 3ª Etapa - Ribeirão Preto (SP)

28/11/2010 7 Km Sesc Interlagos - Prova Rústica 2010 São Paulo (SP)
05/12/2010 Shalon - USP São Paulo(SP)
18/12/2010 Corrida Corpore de Natal São Paulo (SP)
31/12/2010 Corrida Internacional da São Silvestre São Paulo SP



Não deixe seu brilho enfraquecer : alimente - se bem e pratique esportes



por Aline Cardoso




A importância de se cuidar na terceira idade



A idade qe tem luz própria representa a conseqüência e os efeitos da passagem do tempo, a experiência, o tesouro daquele saber acumulado ao longo dos anos. Segundo Anderson Kretschmer, 31 anos, estudante do 5º ano de medicina na UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) todos deveriam ter um envelhecimento bem sucedido, e isso não é difícil, o importante é se cuidar.

Na teoria deveríamos nos exercitar e nos alimentar bem, mas na prática tudo se modifica. "Tenho 63 anos, cuidei de meus filhos e trabalhei a vida toda, foi uma vida bem atribulada, e por conta disso, hoje, tenho várias doenças, já tive até infarto, nunca me preocupei em fazer exames cardiológicos completos"; diz Ewaldir Rodrigues.

Enquanto Benedita da Silva acorda todos os dias cedo para ir caminhar no parque, e fazer aulas de dança com o grupo de terceira idade da cidade de Itapetininga, interior de São Paulo, e se diz muito feliz assim. “Ah como eu gosto de me mexer, não fico parada não, vou pra lá e pra cá, minhas filhas sempre reclamam que tenho que ficar mais tranqüila, mas não dá" afirma Benedita.
Associar envelhecimento a doenças é um pensamento muito presente na nossa sociedade. "Indivíduos idosos possuem doenças coexistentes, alcançando, em média, seis condições crônicas aos 75 anos de idade. Entre as mais comuns: infecções urinárias, hipertensão, deficiências visuais, insônia, diabetes, artroses, afecções respiratórias, acidentes vasculares, cardiopatias diversas e vários outros problemas", relata Anderson.

A aula de dança me anima muito, me sinto mais disposta e de bem com a vida, agradeço todos os dia a Deus por ter todos os membros de meu corpo e poder dançar”, completa Benedita.
Quando a população envelhece espera–se uma postura ativa perante a sociedade, ter uma elevada capacidade funcional física e cognitiva e uma baixa susceptibilidade a doenças. "Mas deve-se cuidar da saúde desde jovens: alimentado-se bem, praticando exercícios físicos e ser ativos na sociedade”, afirma Anderson.
Entender o envelhecimento em todas as suas nuances, começa com a diferenciação do que é normal e esperado e do que é patológico neste processo, complementa.
No envelhecimento biológico tem se a Senescência (envelhecimento fisiológico) e a Senilidade (o envelhecimento patológico). A Senescência sofre a influência do ambiente físico e social, é uma fase normal da vida de um indivídio sadio, não é acompanhada de sintomas e não interfere negativamente no estilo de vida de cada um.
E a senilidade é a presença de doença e limitações que podem surgir ao longo da vida, é entendido como os danos à saúde associados com o tempo, causados por doenças ou maus hábitos de saúde, é também conhecida como demência, onde se perde a capacidade de memorizar, fala sem nexo e chega a perder o controle de urinar e defecar.
Anderson dá exemplos de senescência e senilidade: Senescência: Dona Maria,82 anos, caminha 30 minutos por dia e administra uma empresa. Senilidade: Dona Maria, 82 anos, tem parkinson avançado, sequela de derrame cerebral AVC, contato verbal mínimo e acamada.
E ele ainda explica: "Se quisermos chegar bem na 3ª idade, andando, falando corretamente devemos nos cuidar a vida toda, comer o necessário, evitar gorduras e não deixar de fazer exercícios regularmente".

“A saude na velhice é um espelho de como a tratamos no passado”, afirma Rodney Virgili, 64 anos, jornalista, e que diz que a atividade física sempre esteve presente em sua vida, e afirma que fazer exercício é importante tanto para o equilíbrio físico quanto psicológico.

Malhem, se movimentem sempre, pois um dia vocês não terão essa disposição, e quando perceberem isso será tarde demais



Como se alimentar?
Fracione a alimentação: Coma em menor quantidade e mais vezes ao longo do dia, mastigue muito bem os alimentos, coma salada crua antes e após as refeições, beba muita água, no mínimo dois litros por dia e faça pelo menos três refeições diárias; com essas dicas sua saúde com certeza irá melhorar.



Exercícios físicos melhoram a auto estima e, o principal, a qualidade de vida das pessoas.
O envelhecimento ainda é um processo cercado de dúvidas e preconceitos. Mas devemos tentar atingir o melhor de nosso potencial e estabelecer as condições necessárias para nos mantermos ativos, produtivos e com qualidade de vida.

Aumento da taxa do divórcio trouxe mais trabalho do que lucro



Por Tayrine Antunes

Abandonar a vida de casado em curto prazo, sem dever nada à justiça, já é uma realidade na cultura brasileira. Desde que foi aprovada a Emenda Constitucional 66, o aumento da taxa de divórcio cresceu assustadoramente. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o índice aumentou cerca de 149% desde o mês de julho, segundo dados do Colégio Notarial do Brasil - Seção São Paulo. Será que o lucro dos advogados acompanhou esse ritmo?

Antes da nova lei, para se divorciar o casal precisava estar separado judicialmente há um ano ou separado fisicamente há no mínimo dois anos. Depois disso, o advogado entrava com uma ação judicial e a separação se transformava em divórcio. Agora, se houver consenso entre o casal e não houver filhos menores de idade ou partilha de bens, o divórcio poderá ser feito em um único dia, por meio de um cartório.

Para o advogado especialista em direito de Família, Dr. Edézio Moreira Jr., “os casais e o Judiciário foram os principais beneficiados. Além da emenda baratear os custos processuais também desafogou o Judiciário”, explica. Em relação aos possíveis lucros, ele fala que “infelizmente o aumento da taxa do divórcio trouxe mais trabalho do que lucro.”

Do ponto de vista processual, o tempo gasto entre uma ação e outra era o que tornava os honorários advocatícios mais caros. “Acredito que a tentativa de achar um culpado para justificar a separação desgastava muito o casal e isso contribuía também com a demora do processo. É claro que esses impasses geravam mais lucros, mas o intermédio entre as partes, nesse caso, era mais estressante”, conclui o advogado, que já traça planos para aumentar sua renda mensal.

Se você está em processo de separação, procure se informar sobre os valores atuais. O custo da separação varia de estado para estado. Na capital paulista o preço é de R$ 252,00, quando não houver bens a partilhar. Caso tenha partilha, o mínimo é de R$ 252,11 e o máximo de R$ 26.893,40, segundo informações do site http://www.conjur.com.br


Foto: divulgação

Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher

Por Tamires Santana


No ônibus, a conversa entre duas mulheres dizia que o atendimento do Hospital das Clínicas era demorado, mas o paciente saía de lá com o problema resolvido, ao contrário de grande parte dos hospitais públicos de São Paulo. Uma delas mostra uma pequena cicatriz no pescoço, devido a uma cirurgia. O "danado" do cigarro, afirmou, era o principal motivo pela quase perda das cordas vocais e permanência de graves sequelas.

Devido às constantes tentativas de enforcamentos quando casada, o cigarro contribuiu para o agravamento do seu problema de saúde. O espantoso foi a naturalidade que a mulher discorria sobre a situação. Seria mesmo o cigarro o maior problema nesta breve narrativa?

Casos envolvendo a violência doméstica ainda são um grande problema social e, em sua maioria, não são admitidos pela vítima, dificultando a solução por parte das autoridades. A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil, segundo dados da Fundação Perseu Abramo.

Em São Paulo, os maiores índices de violência doméstica se concentram em Guaianases, de acordo com um levantamento realizado em 2007 e divulgado pelo site Observatório Cidadão. Extremo leste da cidade, a região já foi apontada como uma das mais carentes do município. De acordo com a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, é preciso conscientizar a sociedade de que a violência contra a mulher não é um problema de mulheres. "Não adianta imaginarmos que vamos enfrentar a violência contra as mulheres sem a colaboração dos homens, sem que eles entendam que isso os prejudica, prejudica suas famílias e os seus filhos. É preciso que eles atuem ativamente", afirma.



Jucinéia Ribeiro dos Santos Mendes, 26 anos, já prestou ajuda a uma amiga que passou por este tipo de situação. "Ela tinha um namorado que a agredia todo fim de semana e por duas vezes chegou a quebrar o nariz dela", relata. Jucinéia orientou a amiga a procurar ajuda das autoridades e a se separar. "Quem bate uma vez, bate sempre. É errado permanecer na relação", diz. Moradora do bairro do Grajaú e mãe de duas filhas, nunca sofreu agressões, mas já foi ameaçada pelo ex-marido por diversas vezes. Acionou o 190, fez uma representação contra o ex e, mesmo ainda o amando, não quis reatar o relacionamento. "Quando se trata de violência, em qualquer situação, é preciso tomar uma atitude para que o problema não se agravar e se transformar em tragédia", defende.

Hoje, 25 de novembro, é comemorado o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher. A data foi definida no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, em 1981, em Bogotá. A data foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana.

Em São Paulo, existem várias Delegacias da Mulher criadas para denúncias e proteção à vítima. É válido esclarecer que a violência não é apenas física, pode ser sexual, moral e até patrimonial. Pode partir da família, justiça, trabalho, instituições públicas e até mesmo nas solicitações de serviços. A responsabilidade é de todos e não deve ser encarada como algo natural.


Confira os endereços das Delegacias da Mulher no Estado de São Paulo


Casos de violência doméstica em São Paulo






















E se não fosse o cartão de crédito...

Por Kelly Matias


Morar em São Paulo significa ter acesso a milhares de eventos e, consequentemente, usufruir de uma forma de pagamento bastante perigosa: o cartão de crédito. Sendo assim, para conscientizar a população sobre o uso do chamado dinheiro de plástico, na última quinta-feira, 25, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu novas regras para sua utilização.

Segundo o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Luiz Mendes, o número de tarifas cobradas nos cartões de crédito serão reduzidas de cerca de 80 para somente cinco, definidas pelo CMN.

As cinco tarifas que poderão ser cobradas nas operações serão: anuidade, emissão de segunda via de cartão, utilização de saque na função crédito, pagamentos de contas e, quando houver necessidade, avaliação emergencial do limite de crédito.

Haverá também um aumento no valor do pagamento mínimo das faturas mensais. A partir de 1º de junho de 2011, o pagamento mínimo da fatura passará a ser de 15% do extrato. Em 1º de dezembro de 2011, este porcentual subirá para 20% do valor da fatura.

Para o diretor de Administração do Banco Central, Anthero Meirelles, a definição de um valor mais elevado de pagamento mínimo para faturas de cartão de crédito visa evitar o "superendividamento" das famílias.

O funcionário público Wedilson Camilo, 31, acredita que controlar o uso do cartão de crédito é a melhor maneira de se evitar que o juros o consuma: "Ao usar o cartão de crédito, eu sempre anoto em um caderninho o valor gasto para fazer um controle do que terei de pagar, assim não perco o controle do valor a dívida", afirma.

Assista abaixo ao vídeo da matéria exibida no Jornal Nacional, da Rede Globo, no último dia 25.

Foto: http://www.senado.gov.br/

Um mundo incompreendido


Por Tayrine Antunes


“Cheguei a pensar que eu era o ser humano mais ‘burro’ da face da Terra. Na faculdade, li cerca de quatro vezes o mesmo livro e não conseguia compreender o que estava escrito”. Essa frase é do jovem Leonardo Gomes, 27, que sofre de um distúrbio de linguagem conhecido como dislexia.


Tempos atrás o aluno que tinha dificuldade na leitura, na escrita e de compreensão de textos era pejorativamente chamado de “burro” pelos colegas. Hoje, sabe-se que essas características fazem parte de um transtorno de fundo neurológico. Ou seja, a região do cérebro do disléxico processa as informações de forma diferente, como um computador lento que demora a carregar as tarefas.

Durante a leitura, o disléxico muda a seqüência das letras e, muitas vezes, fala palavras totalmente diferentes das escritas. Segundo a fonoaudióloga Suely Barbosa, isso acontece porque “eles tem dificuldade na decodificação, por isso não compreendem os textos”. Isso não significa que eles possuem deficiência intelectual, pelo contrário. “Para ser disléxico, a pessoa tem que ter uma inteligência normal ou acima do normal. Se a pessoa tiver uma deficiência na inteligência, ela terá problemas com a compreensão e a dificuldade de linguagem muitas vezes é secundária”, conclui a especialista.

Quando era criança, Leonardo enfrentou várias divergências com os professores e os colegas de classe. Muitas vezes precisou defender suas crenças por meio de brigas e xingamentos. A descoberta da deficiência trouxe alívio e confiança para continuar seus estudos. “Fiquei mais seguro quando descobri que tinha dislexia. Não adiantava querer desafiar meus limites para mostrar aos meus colegas que eu era capaz. Poderia ler mil vezes o mesmo livro que não iria entender. O que seria diferente se alguém lesse uma única vez pra mim”, relata o rapaz, recém- formado em relações públicas.

Por não ter fluência na leitura, o disléxico também tem dificuldade na escrita e o desempenho na faculdade ou na escola muitas vezes é ruim. A falta de informação é um dos fatores que leva a pessoa que sofre desses distúrbios a não ter a atenção adequada. Já existe uma lei que protege os direitos dos disléxicos, que atribui direitos como o tempo extra para fazer provas, além de poder exigir uma pessoa que faça a leitura do exame.

Em São Paulo, a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) são exemplos de instituições de ensino que respeitam as condições das pessoas que sofrem deste distúrbio. Durante o período de vestibular, estas escolas disponibilizam um profissional habilitado a ler e também escrever, caso o vestibulando queira.

Para mais informações sobre a dislexia, acesse : http://www.apad-dislexia.org.br/

Um homem sem rancor

Por Felipe Andrade

Você já se imaginou no meio de uma guerra? Qual seria sua reação? Tentaria salvar a própria pele ou faria o máximo para ajudar o próximo? Se você ainda desconhece, existiu uma época em que todas as (inúteis) diferenças entre brancos e negros foram colocadas em evidência por conflitos, armas e mortes. Em 1948, oficializou-se na África do Sul o regime do apartheid (vidas separadas, em africano). Nesta época, só os brancos podiam exercer o poder político e econômico no país sul-africano. Em meados de 1950, começam a surgir as primeiras demonstrações de repúdio à situação em que o país se encontrava. Foi então que Nelson Rolihlahla Mandela, o maior símbolo da luta contra o regime racista que o país vivia, entrou efetivamente em ação.


Para Ricardo Ramos, 46, historiador, é a partir da expedição da "Carta da Liberdade" que se iniciou o movimento de luta contra o apartheid. “A África vivia um momento em que era necessária a presença de um líder, para que a população se espelhasse e tomasse coragem de lutar por seus direitos. Mandela foi este comandante”. Nelson tentou manter protestos e movimentos pacíficos. Porém, foi forçado a mudar de atitude e usar armas, depois do massacre de Sharpeville, onde 69 africanos morreram.

Porém, todos aqueles que acreditavam no fim do regime e na instalação de direitos iguais no país sofreria um grande golpe. Mandela foi punido. Acusado de sabotagem e tentativa de invasão ao território africano, Nelson foi levado à prisão perpétua em 1964. Durante os 27 anos em que ficou na cadeia, Mandela tornou-se ainda mais idolatrado pelo povo que, a partir daquele instante, tinha não só o desejo de libertar a pátria, mas também devolver a liberdade para o líder africano. Tanto que o movimento “Libertem Nelson Mandela” se tornou um chavão na batalha pela igualdade social não só naquele país, mas em muitos outros. Esta frase simbolizava uma mensagem de repúdio à discriminação.

A importância de Nelson é tanta que, em 1993, ele venceu o prêmio Nobel da Paz, ao lado de Frederik de Klerk (presidente que libertou Mandela da prisão). Ele se retirou da vida política em 2004, mas continua sendo referência mundial quando se trata de igualdade social.

Sugestão #ProvisorioSP: "Conversas que tive comigo". O livro traça um retrato pessoal do líder Nelson Mandela. Com prefácio de Barack Obama, o livro se baseia no arquivo pessoal de materiais inéditos de Nelson Mandela. São diários, cartas, anotações pessoais, recortes de jornais, rascunhos de discursos e gravações que procuram propiciar a compreensão do lado humano desta personalidade. (http://www.fnac.com.br/conversas-que-tive-comigo-9788532526076-FNAC,,livro-565562-2016.html?a=1&s_kwcid=TC|9389|livro%20nelson%20mandela||S||4795785896)

Falta de planejamento faz clubes recorrerem aos patrocinadores


Por Felipe Andrade

Os clubes brasileiros têm registrado em seus balanços anuais milhões de reais em dívidas, devido a empréstimos junto às federações, bancos e à CBF. Aliado a isso, os times possuem poucas fontes de renda, fazendo com que fiquem dependentes de cotas de patrocínio, de TV e da transferência de jogadores para o exterior. O patrocinador exerce influência direta na vida de um clube, que necessita do dinheiro vindo das empresas patrocinadoras para montar equipes fortes e uma boa estrutura para disputar um campeonato de ponta em alto nível.


O radialista Gilberto Rodriguez, do programa Estádio 97, pensa dessa forma. Para ele, existe uma “cadeia” que leva o clube a ser refém dos patrocinadores e interfere diretamente na relação time-torcedor. “A partir do momento que a equipe tem um patrocinador, consegue montar um time forte. Com isso, vêm o títulos e, consequentemente, a satisfação da torcida, que compra produtos licenciados, ajudando na formação da renda do clube”. Na opinião de Gilberto, é impossível um clube viver sem patrocínio, visto que atualmente o futebol brasileiro não possui meios de ser auto-sustentável.

Outro ponto bastante discutido é o fato de a Rede Globo de Televisão ser a única detentora dos direitos de transmissão do futebol brasileiro (repassa o direito para a Rede Bandeirantes). Para ele, quando a Globo paga para transmitir, ela tem direitos. “A Rede Globo paga pela competição, e paga bem. A partir do momento em que os clubes concordam com isso, ela pode influenciar nos dias e horários das partidas. A única coisa errada é ter somente uma emissora que detém os direitos. Deveria ser aberto para que outras também pudessem transmitir.”

A necessidade dos clubes de ter em seu caixa o dinheiro vindo dos patrocinadores se mostra evidente na análise do “Balanço Anual” de cada um dos três times grandes da capital paulista. No ano de 2007, devido à conquista do Brasileirão de 2006 e à participação em torneios internacionais, só o São Paulo ganhou mais do que recebeu. Corinthians e Palmeiras, afetados por más administrações nos anos anteriores, fecharam 2007 no vermelho, gastando mais do que ganhando.

Somente cinco equipes terminaram 2007 no azul: Atlético PR, Santos, Juventude, Barueri e São Paulo, que fechou com lucro de R$ 3.848.000,00. Entre aqueles que ficaram no vermelho, os cariocas predominam. Flamengo, Vasco e Fluminense estão entre os cinco mais devedores do futebol brasileiro. Corinthians, que fechou com dívida de R$ 23.264.000,00 e Palmeiras, com R$ 24.189.000,00, estão em processo de reformulação do modelo de gestão de suas diretorias. Andrés Sanches e Luiz Gonzaga Beluzzo, presidentes de Corinthians e Palmeiras, respectivamente, aparecem como esperanças de um futuro sem dívidas e com dinheiro para investir no futebol.

Para mudar esse panorama, é necessário que os times brasileiros encontrem formas de se tornar mais independentes dos patrocinadores. Um clube brasileiro que está procurando, e exercendo, formas de se desvencilhar da dependência dos patrocinadores, é o Sport Club Internacional, de Porto Alegre. A equipe tem a maior rede de sócio-torcedores do país, e investe pesado para que o membro sinta-se parte do clube, fazendo com que traga rendimento aos cofres da instituição.

Para Paula Rabello, advogada, 23 anos, este é o fator principal para que ela seja sócia do Internacional. “Sou sócia por que ajudo o clube, tenho livre acesso aos jogos e, desta forma, me sinto parte do time”. A torcedora gaúcha, que paga mensalidade de R$ 55,00, destaca as vantagens de ser sócia: “Desconto na aquisição de produtos na loja do clube e em outros estabelecimentos como pizzaria, plano de saúde etc. Livre acesso aos jogos (para os sócios mais antigos) e desconto de 50% na aquisição do ingresso (para os sócios mais novos)”.