Comportamento na rede


Por Thalita Féba


Em recente visita ao Brasil, o sociólogo da comunicação Dominique Wolton, 63, polemizou o uso das redes sociais e apontou como conseqüência para o internauta a solidão interativa. Em entrevista concedida ao jornal "Folha de São Paulo", Dominique defende sua teoria de que as redes sociais só funcionam para formar comunidades e não sociedades, nas quais é preciso conviver com diferenças.



O Brasil é um dos dez países que mais acessam redes sociais, segundo pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência. Os resultados mostram que 87% dos internautas acessam redes sociais, com tendência de ascensão em 20%. Os dados da pesquisa colocam o país em décimo lugar entre os usuários de sites como Orkut, MSN, You Tube, Twitter e Facebook.


Os números demonstram que as redes já fazem parte do dia a dia de muitas pessoas. " Não me imagino sem MSN, ou Facebook. Ás vezes, preciso falar com alguém o mais rápido possível, daí não preciso ficar ao telefone, é só entrar na net", relata o estudante de direito Leandro Jobst.



Mascarando a realidade



Há muito se fala de falsidade ideológica na internet. Não há como controlar quem, quando, como, onde e porque cada usuário entrou em determinado site. Mas quando a questão é comportamento na rede, especialistas afirmam que em alguns casos a internet pode auxiliar na sociabilidade.


"A internet é uma página em branco. Criamos nossa história, temos o poder de escolher se queremos determinada coisa, mas o principal fator atrativo é a liberdade de expressão. No caso das redes sociais, o acesso predominante ainda é do público jovem, pois é naquele espaço que seus medos, emoções e manias podem ser colocados. No caso do facebook, o mais interessante não é só compartilhar conteúdos, e sim acompanhar a quantidade de pessoas que 'curtiram'o que foi dito", explica a psicóloga Ana Mello.

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