Por Emanoelly Nascimento
Punks, clubbers, hippies... esses caricatos da sociedade usam seu jeito irreverente como forma de crítica e são mal vistos pelos cidadãos ditos comuns, sendo esta sua principal arma. O boom dessa onda alternativa teve início na década de 60. Essencialmente liderada por jovens contestadores do consumo, e principalmente do padrão estético exigido e estabelecido pela sociedade elitizada.
Com o desenvolvimento dos meios de comunicação, há atualmente uma liberdade de expressão maior, onde a diversidade é mais aceita. As pessoas ainda tendem a se sentir acuadas, mas o preconceito foi substituída pelo curiosidade. Em entrevista a VJ da MTV Marimoon, 26, declarou que divide a opinião das pessoas em três etapas: crianças, adolescentes e adultos.
“As crianças são mais curiosas e, apesar de não me conhecerem, têm medo, ainda não faço parte do seu repertório, então se assustam; os adolescentes são mais desbocados, sabem quem eu sou e por isso querem que eu perceba que estão me olhando, apontam e tal. Em compensação os adultos... assim como as crianças, não faço parte de seu repertório, mas me olham como algo estranho, existe certa vergonha em estar na minha presença. Eles já têm uma opinião formada, por isso são mais caretas!”
Caracterizados por seus acessórios e roupas bem coloridas, cada vez mais o público alternativo chama a atenção pelos lugares onde passam como Marimoon, que revelou “ser alegre e colorida!" Os cabelos sempre são peça chave no reconhecimento de um autêntico underground. São sempre coloridos e penteados de maneira nem um pouco convencionais agregados a acessórios, piercings e afins.
Marimoon: filha de mãe hippie e pai surfista, pinta o cabelo há seis anos
Geralmente eles se excluem da sociedade, freqüentando locais específicos onde encontram os iguais da sua tribo - forma encontrada para evitar os maus olhares alheios. Marimoon afirmou que nos locais que ela costuma freqüentar existem pessoas de todo tipo, como parques e a Galeria do Rock. Sempre foi o centro das atenções, mas depois que ela entrou na MTV e passou a ser reconhecida, diminuiu o espanto das pessoas, mas, como o público da emissora é bem segmentado, ainda há muitas pessoas que entram em choque!
O gosto musical é um ponto bem específico, comumente separado por categorias, como o rock, hardcore e emocore. No final da década de 60, o rock teve um desempenho bem expressivo com o festival Woodstock, que reuniu artistas de diversos estilos musicais com o propósito de massificar suas críticas e o lema central era “sexo, drogas e rock’n’roll”.
Os chamados emos, assim apelidados por suas músicas emotivas e de caráter sentimental, apresentam-se à sociedade com roupas geralmente escuras e penteados compostos por longas franjas em diagonal. Fogem um pouco da aparência colorida e crítica de outros grupos, mas o preconceito passado por eles ainda é grande. Grupos como os skinheads os abominam, agindo com muita violência em sua presença.
Emos: Franjas longas e olhos pintados
Os meios de comunicação em geral deveriam exercer um papel mais colaborativo na questão da inclusão desse público à cultura convencional. O descrédito atribuído a eles ainda é muito grande. Marimoon pode ser um exemplo: como aparece na TV, as pessoas a encaram como artista, ‘artista pode tudo!’, mas se virem uma pessoa com estilo parecido, a repudiaria, como se quem aparece na TV tem um poder, uma permissão que as anônimas não têm.
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