Um homem sem rancor

Por Felipe Andrade

Você já se imaginou no meio de uma guerra? Qual seria sua reação? Tentaria salvar a própria pele ou faria o máximo para ajudar o próximo? Se você ainda desconhece, existiu uma época em que todas as (inúteis) diferenças entre brancos e negros foram colocadas em evidência por conflitos, armas e mortes. Em 1948, oficializou-se na África do Sul o regime do apartheid (vidas separadas, em africano). Nesta época, só os brancos podiam exercer o poder político e econômico no país sul-africano. Em meados de 1950, começam a surgir as primeiras demonstrações de repúdio à situação em que o país se encontrava. Foi então que Nelson Rolihlahla Mandela, o maior símbolo da luta contra o regime racista que o país vivia, entrou efetivamente em ação.


Para Ricardo Ramos, 46, historiador, é a partir da expedição da "Carta da Liberdade" que se iniciou o movimento de luta contra o apartheid. “A África vivia um momento em que era necessária a presença de um líder, para que a população se espelhasse e tomasse coragem de lutar por seus direitos. Mandela foi este comandante”. Nelson tentou manter protestos e movimentos pacíficos. Porém, foi forçado a mudar de atitude e usar armas, depois do massacre de Sharpeville, onde 69 africanos morreram.

Porém, todos aqueles que acreditavam no fim do regime e na instalação de direitos iguais no país sofreria um grande golpe. Mandela foi punido. Acusado de sabotagem e tentativa de invasão ao território africano, Nelson foi levado à prisão perpétua em 1964. Durante os 27 anos em que ficou na cadeia, Mandela tornou-se ainda mais idolatrado pelo povo que, a partir daquele instante, tinha não só o desejo de libertar a pátria, mas também devolver a liberdade para o líder africano. Tanto que o movimento “Libertem Nelson Mandela” se tornou um chavão na batalha pela igualdade social não só naquele país, mas em muitos outros. Esta frase simbolizava uma mensagem de repúdio à discriminação.

A importância de Nelson é tanta que, em 1993, ele venceu o prêmio Nobel da Paz, ao lado de Frederik de Klerk (presidente que libertou Mandela da prisão). Ele se retirou da vida política em 2004, mas continua sendo referência mundial quando se trata de igualdade social.

Sugestão #ProvisorioSP: "Conversas que tive comigo". O livro traça um retrato pessoal do líder Nelson Mandela. Com prefácio de Barack Obama, o livro se baseia no arquivo pessoal de materiais inéditos de Nelson Mandela. São diários, cartas, anotações pessoais, recortes de jornais, rascunhos de discursos e gravações que procuram propiciar a compreensão do lado humano desta personalidade. (http://www.fnac.com.br/conversas-que-tive-comigo-9788532526076-FNAC,,livro-565562-2016.html?a=1&s_kwcid=TC|9389|livro%20nelson%20mandela||S||4795785896)

0 comentários:

Postar um comentário