Por Priscila Souza
Essa tribo recente vem com tudo. Desde o modo de se vestir à maneira de dançar. “Os psyzeros dançam como se ninguém estivesse olhando. Se vestem com o menor número de roupa possível e, nas baladas, são sempre os primeiros a chegar na pista de dança e os últimos a sair”, relata a estudante de nutrição Gabriela Almeida, de 20 anos.
Os DJs israelenses e europeus viajaram para a Índia para descobrir a energia das festas de praia em Goa e fez-se o som. “Os maiores astros vêm de Israel. As festas, em geral, acontecem muito longe das grandes metrópoles, duram cerca de 12 horas, com a música tocando sem parar. Psy, que hoje é o estilo de música eletrônica mais popular no Brasil, ficou conhecido recentemente”, afirma Rica Amaral, uns dos DJs mais bem sucedidos do país, desse gênero musical.
As meninas costumam usar sainha com bota de salto plataforma e topinho. Os meninos geralmente usam bermuda ou calça, sem camisa. As baladas não acontecem em galpões fechados ou escuros, mas a céu aberto promovendo o contato com a natureza.
Os organizadores desses eventos investem muito em decoração e nas fantasias de artistas de circo, como malabaristas ou engolidores de fogo, para animar a imensa pista ao ar livre. O público gosta de se concentrar na música. A futura nutricionista afirma que o ritmo é contagiante. “Ele entra em meu corpo e eu não consigo fazer outra coisa a não ser curtir a vibe”.
O público desses eventos também varia. Logo se percebe que a idade da galera é bem restrita. São jovens entre 15 a 25 anos. Essas festas chamam muito a atenção dos jovens porque ocorrem em contato com a natureza, fazem com que eles saiam da vida urbana e entrem em contato com o ar livre.
“As raves paulistanas XXXPerience e a Tribe são atualmente as maiores marcas do psy-trance. Elas atraem facilmente de 20 a 25 mil pessoas em cada edição. Nada mal para um estilo que praticamente não toca no rádio, é ignorado pelos meios de comunicação e raramente conta com patrocínio de grandes empresas”, comenta Feio, um dos DJs mais famosos desse universo musical.
Para Kássia Martins, bancária e apaixonada por trance, a rave é o único lugar onde todas as pessoas são felizes e que naquele momento não existe dor, nem fome, nem inveja, nem tristeza. "É como se todos os sentimentos ruins ficassem do lado de fora, onde nada de mal te acontece, e a felicidade fica constantemente estampada em seu rosto", comenta a bancária.
ORAÇÃO DO PSY TRANCE:
TRANCE NOSSO QUE ESTAIS NO SET, SANTIFICADA SEJA VOSSA BATIDA, VENHA A NÓS A VOSSA VIBE, E SEJA FEITA A VOSSA MIXAGEM, ASSIM NO PROG COMO NO FULL-ON. O LINE NOSSO DE CADA RAVE NOS DAI HOJE, E PERDOAI OS CHACOTEIROS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS OS FRITOS. E NÃO OS DEIXEIS CAIR EM BAD TRIP, MAS LIVRAI-NOS DO HOUSE. AMÉM!
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