O sinal amarelo se apaga, em seguida ficando vermelho. A criança corre para a frente de um veículo e faz malabarismo. Ao seu lado, um menino começa a limpar a maior quantidade de para-brisas em menor tempo possível, enquanto outros pequenos são vistos vendendo balas e chicletes.
Frente a esta realidade, o prefeito Gilberto Kassab sanciona o projeto de lei número 15.276, publicada no Diário Oficial da cidade em 03 de Setembro deste ano. A lei, já aprovada, estabelece diretrizes para a política de prevenção do trabalho infantil na capital.
Além disso, a ação esclarece os motivos pelos quais não se deve dar esmolas e comprar produtos de crianças e adolescentes em ruas, bares, restaurantes e semáforos, informando a população sobre os riscos e danos causados pela exploração do trabalho infantil e sua permanência nas ruas.
Sidney Bettrami, 36, administrador, é contra essas "doações". “Tem muita criança pedindo esmola na rua, mas por trás existe um adulto explorador", diz.
O problema principal dessa situação é o fato de que grande parte das crianças e adolescentes de rua são fugitivos de casa devido a maus tratos. A vida na rua é muito dura e chega o momento em que o jovem quer sair desta situação.
Odemir Martins, 33, atendente, já foi abordado por vários moradores urbanos e preferiu dar outros tipos de ajuda que não fossem dinheiro. “De senhoras idosas a crianças, quando me propus a ajudar de alguma outra forma, me foi recusado', conta.Uma alternativa completa se faz mais do que necessária. Isto abrange o desenvolvimento de artifícios que ofereçam educação, lazer e condições de moradia digna e não apenas uma tentativa de livrar o centro da cidade de “sujeitos não-desejados” pelos órgãos competentes.
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