Por Giselle Olmedo
‘Se vira’, meu!
Thais de Paula (foto), estudante da Universidade São Judas Tadeu, já passou por isso. Ela está no 3º ano de Comunicação Social, e hoje faz estágio em sua área. Thais mora com os pais e os irmãos no Jardim Elba, zona leste da capital, e quando decidiu fazer um curso superior não imaginou as dificuldades que iria enfrentar. Antes de passar no vestibular, trabalhava em uma ONG (organização não-governamental) como auxiliar administrativo. Na mesma semana em que teve a notícia que foi aprovada na facul, acabou sendo demitida. E agora?
A estudante começou a ‘se virar’, vendendo revistas nas estações de trem. Em Jandira e Jundiaí estava seu público, que acabou se tornando fiel. “Eu ficava em frente aos bancos, na estação, e abordava as pessoas, que compravam revistas de culinária e de palavras-cruzadas. Dizia que era para ajudar na minha formatura”, conta. De fato, dentro de um ano a universitária se forma. Hoje, mais tranquila financeiramente, ela consegue conciliar seus gastos de forma mais organizada.
Ajuda dos pais
Aluna de contabilidade, Aline Rezende está no 4º ano do curso, tem um filho e batalha para dar um futuro melhor ao garoto Anderson, de 1 ano e meio. “Nos primeiros dois meses da faculdade, quem bancava eram os meus pais. Depois, arrumei um emprego como operadora de telemarketing e ganhava o suficiente para pagar a mensalidade e a condução. Na época eu fazia um curso técnico, também pago, mas quem arcava com a despesa era o meu pai”, conta.
Após engravidar e sair de licença, Aline pediu demissão da empresa. “Fiquei duas semanas desempregada, quando surgiu a oportunidade em trabalhar como atendente em um outro call center”. Comparado à empresa anterior, o salário é bem maior e ela não tem maiores problemas com as contas. Aline paga despesas como água e luz, além de deixar a disposição seu vale-alimentação, “após comprar a quantidade de fraldas e leites o suficiente para um mês”, brinca.
Difícil e complicado. Mas hoje, para se levar uma vida de universitário e se preparar para ter uma formação, é necessário ter muita força de vontade, em meio às contas para pagar.
Após engravidar e sair de licença, Aline pediu demissão da empresa. “Fiquei duas semanas desempregada, quando surgiu a oportunidade em trabalhar como atendente em um outro call center”. Comparado à empresa anterior, o salário é bem maior e ela não tem maiores problemas com as contas. Aline paga despesas como água e luz, além de deixar a disposição seu vale-alimentação, “após comprar a quantidade de fraldas e leites o suficiente para um mês”, brinca.
Difícil e complicado. Mas hoje, para se levar uma vida de universitário e se preparar para ter uma formação, é necessário ter muita força de vontade, em meio às contas para pagar.
Foto: Giselle Olmedo
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