Por Danilo Nunes
O jovem paulistano tem, entre tantos outros, um grande vilão: o tempo. Sinceramente, se alguém souber onde vende, me avise. Sim, porque hoje ele é algo escasso e muito luxuoso.Quem tiver e não vender está desperdiçando uma verdadeira mina de ouro.
"Não tenho tempo", essa é uma das frases mais ouvidas nesta cidade. Sempre correndo, sem parar para nada. Muitas vezes isso não é determinado por nós mesmos. Há quem acredite que somos escravos do tempo, cujas algemas são nossos relógios. Certa vez, ouvi de um rapaz que dizia se sentir nu sem seu relógio.
Talvez o problema seja o vocábulo "tempo", pois ele também denomina clima, outra dor de cabeça de qualquer morador da capital paulista. A primavera começou no mês passado e estamos vivendo um inverno sem vergonha, que não é legal. Não tenho nada contra a estação do meio do ano, mas cada uma na sua! Inverno é para junho, julho e agosto.
Em ambos os casos, o grande culpado não é o tempo, mas sim nós mesmos. Não sabemos distribuir as tarefas ao longo do dia, ou valorizamos demais o trabalho e deixamos de lado nossa família, nossos amigos e nós mesmos. Isso também interfere no clima, que está enlouquecido graças aos abusos humanos à natureza em nome do progresso e da economia.
O tempo não é vilão. Acabou virando pretexto para nos eximir de culpas. Tudo tem seu tempo. Faça dele um aliado. Quem consegue, nos dias de hoje, pode se considerar um artista!
Foto: quiprona.wordpress.com
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