Por Danilo Nunes
A vida do paulistano é gasta, em grande parte, no trânsito. E isso independe do local onde você mora. São Paulo é uma caixinha de surpresas. Portanto um trajeto no qual você leva 15 ou 20 minutos, num dia chuvoso, por exemplo, pode levar uma hora e meia com muita facilidade.
Sou usuário do metrô, como milhões de moradores da capital. Como se não bastasse, também encaro a CPTM. Já que tenho de ficar tanto tempo "preso" num mesmo lugar, vou observar as pessoas, um exercício pertinente a qualquer jornalista.
Tenho comentado com amigos o quanto a cidadania do paulistano tem sido bem praticada no transporte coletivo, especialmente no metrô. Se antigamente não eram respeitados os assentos preferenciais, nos dias atuais as pessoas se recusam a usar os bancos reservados para idosos, gestantes, obesos, indivíduos com deficiência ou com crianças de colo. Deixam esses lugares vazios, embora possam ocupá-los na ausência de pessoas com essas características. O que surpreende é que a iniciativa parte especialmente dos jovens. Quando estão sentados nesses assentos ou não, se levantam e cedem para a turma da melhor idade, por exemplo.
O programa Fantástico, da Rede Globo, comprovou essa consciência paulistana. Foi feito um teste com idosos em transporte público, em algumas capitais brasileiras. Em São Paulo, dos dez trajetos onde um senhor de 84 anos esteve, ele teve lugar cedido para sentar em nove. A capital paulista ficou em primeiro lugar neste teste de gentileza, entre as quatro pesquisadas pelo programa.
A prática cidadã está contagiando a todos, de forma gradativa, é claro. Mas não é possível chegar ao topo de uma escada sem subir o primeiro degrau. Com o passar dos anos, veremos o resultado maior do que estamos praticando hoje: um lugar melhor para viver.
Leia a matéria completa do Show da Vida:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1556755-15605,00.html
Foto: http://www.flickr.com/photos/cptm_oficial/4443730278/
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