Por Laís Alves
Então há exatos 188 anos atrás, Dom Pedrão I (na época conhecido apenas como Pedro, o filho do Rei) depois de um rolê nas quebradas do Ipiranga (que era só um grande matagal), achou que era um grande negócio parar ali na beira do rio e gritar "Independência ou morte!", criando pra nós um feriado prolongado em Setembro, que costumava ser um mês tão longo e tão chato quanto Agosto.
E é ai que entra a graça do 7 de setembro nos nossos dias atuais - feriado prolongado. Porque não tem nada que paulistano goste mais que feriado prolongado que caia na terça-feira. Toda a graça do feriado começa na sexta. Horas de trânsito - porque todo mundo tem a ideia de ir à praia ou para o interior - horas na fila do bar para o happy hour - porque todo mundo pensa em prolongar o happy hour para evitar o trânsito - e horas de fila do mercado para poder abastecer o carro com combustível e alimentos - porque todo mundo enche o carro de compras antes de ir viajar.
Neste feriado, quem foi viajar, nem pôde contar com o bom tempo para garantir o bronzeado, porque o tempo resolveu fechar. Mas essa virada de tempo não pode ser considerada ruim - aumentaram-se os índices de umidade no ar, melhorando muito a respiração do paulistano.
E hoje, infelizmente, é a volta para casa. A volta para a vida normal. E, mais uma vez, o trânsito - porque todo mundo tenta aproveitar a praia até o fim do dia, as filas nos bares - porque é melhor evitar o trânsito da volta pra casa e a fila dos mercados - porque não tem nada pra comer, nem tem pasta de dente em casa.
E assim segue São Paulo. Até o próximo feriado - em Outubro. E que faça sol.
Foto: Divulgação
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