Uma flor de esperança no terreno de horrores


Por Felipe Andrade

Um dos capítulos mais tristes da história da cidade de São Paulo ocorreu no dia 2 de outubro de 1992. Depois de uma briga entre detentos do pavilhão 9, uma rebelião tomou conta do presídio do Carandiru. O resultado disso? São 111 mortes e uma ferida que demoraria a se fechar.

O tempo passou. E quem diria, hoje o mesmo local é um dos mais indicados para a juventude paulistana. O terreno que abrigava o presídio demolido em 2002, deu lugar a um centro cultural, focado a atender crianças, adolescentes e adultos.

O Parque da Juventude, inaugurado em 2007, possui um complexo esportivo com quadras de futebol, vôlei e basquete, além de pistas de skate e de uma área verde, com jardins, bosques e árvores ornamentais, em mais de 16 mil m² de pura Mata Atlântica.

Biblioteca de São Paulo

Porém, o local mais recomendado e mais visitado é a Biblioteca de São Paulo. Um espaço público aberto em 2009, que proporciona as pessoas de todas as idades ter contato com livros de diversos temas. Ela possui equipamentos próprios para deficientes físicos e visuais, que facilitam o entendimento das obras disponíveis.

Poucos sabem, mas a Biblioteca de São Paulo foi inspirada em um espaço parecido, que está localizado em Santiago, no Chile. Ela oferece aos visitantes um ambiente para leitura, para assistir filmes ou ouvir músicas e, é usada por muitos alunos da rede pública de ensino, para que estes consigam fazer os trabalhos escolares.

Importância histórica

A importância física deste espaço é inquestionável. Porém, mais que isso, é necessário destacar que um terreno onde há 15, 20 anos atrás era utilizado para abrigar presos e sediar massacres, hoje é usado para formar jovens e oferecer a eles uma chance de ter acesso a cultura e a educação de qualidade, além da prática de esportes.

Talvez o Parque da Juventude seja apenas mais um e não seja suficiente para ajudar todos que precisam dela. Porém, se uma criança deixar de ter contato com o “lado ruim” da vida e for lá para ler um livro, já será um esforço válido.

Foto: divulgação

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