Mulher vota Mulher?

Por Kelly Matias

Nessa semana, me surpreendi com a conversa sobre politíca entre duas mulheres que estavam à minha frente na fila do banco. Elas comentavam sobre os candidatos à presidência e, por um momento, refleti sobre o assunto.

"Você viu como a Dilma mudou de uns tempos pra cá", disse uma delas. "É... pra ver o que o dinheiro e uma boa equipe de estética faz com a imagem de uma pessoa", retrucou a outra. "É engraçado como em tão pouco tempo ela passou de sargentona para executiva intelectual..."

Coloquei-me a pensar sobre como as mulheres observam certos detalhes e até que ponto esses detalhes influenciam em seus votos. As mulheres representam 52% dos votantes do país, porém ocupam menos de 10% dos componentes da câmara de deputados e apenas 15% das cadeiras de governador. Quem vê os números pode pensar no velho pensamento machista, mulher não vota em mulher. Mas não foi bem assim que a revista Época publicou quando fez um levantamento de intenção de voto, em 2006, para os governos estaduais. Segundo a revista, as eleitoras disseram ter intenção de votar tanto em mulheres quanto em homens, na mesma proporção. Para elas ser mulher não favorece nem desfavorece a candidata. O que conta são as propostas de governo.

Há ainda um sistema de cota que garante 30% de vagas para candidatas femininas, mas nada obriga os partidos a lhes repasaram recursos para custear a campanha.

Então, fica a pergunta: será que dessa vez o Brasil vai ter uma mulher no cargo de presidente da república?

Foto:
divulgação

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